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segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Brasil para especialistas


Realmente, entender o Brasil é para especialistas. Veja o caso da Petrobras, conforme um jornal da capital o desfalque até agora foi de aproximadamente DEZ BILHÕES, esse valor em qualquer empresa privada seria motivo para muitas demissões, mas na estatal nada acontece. Como exemplo da Companhia Vale do Rio Doce, que foi privatizada em 1997, e também foi envolta num escândalo, sendo vendida por 3,5% do seu valor na época, mas essa empresa hoje é a maior mineradora do mundo. Vemos então que a Petrobras patrocina vários eventos esportivos e culturais, mas como pode ser, se o combustível vai aumentar de preço porque a empresa está deficitária. O governo diz que o petróleo do pré-sal nos torna autossustentável nesse tipo de produto, mas poucos sabem que esse óleo não pode ser processado no Brasil, e sim exportado, o combustível brasileiro é extraído de petróleo leve, e esse não existe aqui. Não quero aqui nestas poucas linhas ser partidário, até porque partidos entram e saem do governo e nada muda, ou até piora. É necessário que tenhamos trabalhando para nós, que pagamos os altos salários, pessoas especializadas no que fazem. Quando procuramos os serviços de um médico, por exemplo, queremos um especialista, e no gerenciamento das nossas necessidades políticas e orçamentárias aceitamos apadrinhados políticos, que por vezes entendem do que estão cuidando, mas atualmente está cada vez mais difícil encontrar esse profissional. E isso acontece em todas as esferas, tanto federal, como estadual ou municipal. O governo deve se preocupar em oferecer, em troca dos impostos, e haja impostos, uma boa educação, para que o povo viva melhor e saiba escolher seus representantes, segurança para que o cidadão trabalhe e tenha seus momentos de lazer e saúde de qualidade, com programas de prevenção para se economizar com menos doenças. Gerir empresas deve ser preocupação de quem entende do negócio. Isso é básico na ciência da administração. Enquanto virmos cidadãos sem entender como funcionam seus direitos básicos, por exemplo, como é calculado seu salário, vamos ver resultados e candidatos sem propostas e sem destino. Salvemos o Brasil.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Reflita

Três pequenas histórias para inspirar a alma.... Certa vez, o povo de uma vilarejo decidiu se reunir no centro do lugar para rezar pedindo por chuvas...Mas apenas um garoto trouxe guarda-chuva. Isso é FÉ; Quando você joga um bebê de um ano de idade para o alto, ele gargalha porque sabe que na queda alguém irá segurá-lo. Isso é CONFIANÇA ; A cada noite, antes de dormir, não temos garantia nenhuma de que estaremos vivos na manhã seguinte, mas, ainda assim, colocamos o despertador para tocar. Isso é ESPERANÇA.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O mistério do marketing das lajotas quebradas

Pode algo quebrado valer mais que a peça inteira? Aparentemente não. Mas no Brasil já aconteceu isto, talvez pela primeira vez na história da humanidade. Vamos contar esse mistério. Foi na década de 40 / 50 do século passado. Voltemos a esse tempo. A cidade de São Paulo era servida por duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era um tipo de lajota cerâmica quadrada (algo como 20x20cm) composta por quatro quadrados iguais. Essas lajotas eram produzidas nas cores vermelha (a mais comum e mais barata), amarela e preta. Era usada para piso de residências de classe média ou comércio. No processo industrial da época, sem maiores preocupações com qualidade, aconteciam muitas quebras e esse material quebrado sem interesse econômico era juntado e enterrado em grandes buracos. Nessa época os chamados lotes operários na Grande São Paulo eram de 10x30m ou no mínimo 8 x 25m, ou seja, eram lotes com área para jardim e quintal, jardins e quintais revestidos até então com cimentado, com sua monótona cor cinza. Mas os operários não tinham dinheiro para comprar lajotas cerâmicas que eles mesmo produziam e com isso cimentar era a regra. Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas e que estava terminando sua casa não tinha dinheiro para comprar o cimento para cimentar todo o seu terreno e lembrou do refugo da fábrica, caminhões e caminhões por dia que levavam esse refugo para ser enterrado num terreno abandonado perto da fábrica. O empregado pediu que ele pudesse recolher parte do refugo e usar na pavimentação do terreno de sua nova casa. Claro que a cerâmica topou na hora e ainda deu o transporte de graça pois com o uso do refugo deixava de gastar dinheiro com a disposição. Agora a história começa a mudar por uma coisa linda que se chama arte. A maior parte do refugo recebida pelo empregado era de cacos cerâmicos vermelhos mas havia cacos amarelos e pretos também. O operário ao assentar os cacos cerâmicos fez inserir aqui e ali cacos pretos e amarelos quebrando a monotonia do vermelho contínuo. É, a entrada da casa do simples operário ficou bonitinha e gerou comentários dos vizinhos também trabalhadores da fábrica. Ai o assunto pegou fogo e todos começaram a pedir caquinhos o que a cerâmica adorou pois parte, pequena é verdade, do seu refugo começou a ter uso e sua disposição ser menos onerosa.
Mas o belo é contagiante e a solução começou a virar moda em geral e até jornais noticiavam a nova mania paulistana. A classe média adotou a solução do caquinho cerâmico vermelho com inclusões pretas e amarelas. Como a procura começou a crescer a diretoria comercial de uma das cerâmicas descobriu ali uma fonte de renda e passou a vender, a preços módicos é claro pois refugo é refugo, os cacos cerâmicos. O preço do metro quadrado do caquinho cerâmico era da ordem de 30% do caco integro (caco de boa família). Até aqui esta historieta é racional e lógica pois refugo é refugo e material principal é material principal. Mas não contaram isso para os paulistanos e a onda do caquinho cerâmico cresceu e cresceu e cresceu e , acreditem quem quiser, começou a faltar caquinho cerâmico que começou a ser tão valioso como a peça integra e impoluta. Ah o mercado com suas leis ilógicas mas implacáveis. Aconteceu o inacreditável. Na falta de caco as peças inteiras começaram a ser quebradas pela própria cerâmica. E é claro que os caquinhos subiram de preço ou seja o metro quadrado do refugo era mais caro que o metro quadrado da peça inteira… A desculpa para o irracional (!) era o custo industrial da operação de quebra, embora ninguém tenha descontado desse custo a perda industrial que gerara o problema ou melhor que gerara a febre do caquinho cerâmico. De um produto economicamente negativo passou a um produto sem valor comercial a um produto com algum valor comercial até ao refugo valer mais que o produto original de boa família… A história termina nos anos sessenta com o surgimento dos prédios em condomínio e a classe média que usava esse caquinho foi para esses prédios e a classe mais simples ou passou a ter lotes menores (4 x15m) ou foram morar em favelas. São histórias da vida que precisam ser contadas para no mínimo se dizer: – A arte cria o belo, e o marketing tenta explicar o mistério da peça quebrada valer mais que a peça inteira…